"No meio do caminho tinha uma pedra..."

 Por algum motivo estou tentando dramatizar minha vida. Talvez seja pela beleza intrigante que os dramas me fascinem, mas é incoerente que logo após o post de "tudo tem seu lado positivo" eu acabe me prendendo a isso.

Não me sinto triste e nem abalada, porém estou com sintomas (me entupindo de doces, além de penar nas minhas recentes decisões) e isso torna as coisas incoerentes de novo.

Eu acabei com uma fantasia e estou criando outra dramática em cima. O que mexe comigo não é o fato de eu estar criando uma resposta para um determinada situação e sim o porquê disso. Sei que me esforço para não me apegar a dogmas, mas em alguns casos é extremamente difícil.

Lembro que esses dias critiquei umas meninas por gostarem de Hanna Montana e das músicas da Miley Cyrus, mas eu nunca tinha assistido o seriado e a única música da Cyrus que eu conhecia eu odiava, ou seja, não dei uma chance. Ontem, no entanto, resolvi me livrar de pré-julgamentos e até gostei da cantora, apesar de continuar achando Hanna Montana idiota. Me livrei do dogma que me incomodava, então por que não consigo me livrar de alguns outros tão facilmente?

Eu sei a resposta, estou viciada nessa inércia que são meus sentimentos. A culpa é minha por não me livrar dos meus paradigmas, estou vendo que as coisas não estão certas, mas continuo achando belo e mais fácil ficar parada. No blog de um amigo ele disse que a responsável pela mudança dele foi uma estrela cadente, para mim foi o post em que ele contou isso.

Sempre achei que existia o verso "No meio da pedra tinha um caminho"...