20 de setembro de 2012

Sirvam nossas façanhas de modelo a toda Terra

Hoje, 20 de setembro, comemora-se aqui no Rio Grande do Sul a Revolução Farroupilha.

Quando Bento Gonçalves avançou com 200 farrapos - pessoas que se voltaram contra o governo imperial brasileiro - na noite de 19 de setembro de 1835, inciou então a Guerra dos Farrapos ou Revolução Farroupilha, que se estenderia por quase 10 anos.

A revolução, ocasionada pelos altos impostos e taxas alfandegárias, resultou na declaração de independência da então província de São Pedro do Rio Grande do Sul, dando início a República Riograndense, independente do Brasil de 11 de setembro de 1836 a 1º de março de 1845.

É daí que vem o orgulho de ser gaúcho, a identidade gaúcha se construiu a partir da adoção das ideologias e fatos desta guerra. Mais tarde, o início do movimento tradicionalista reforçou esta identidade.

Hoje, não exite no Brasil quem não conheça nossos costumes e tradições, e tenho certeza de que mesmo aqueles que ouvem piadinhas de pessoas de fora do estado sentem ainda aquilo que trazemos desde que nascemos: o orgulho de ser gaúcho.

Mas mais do que nos orgulhar, devemos seguir o exemplo. Com tanta corrupção e escândalos políticos, nós gaúchos e brasileiros devemos nos lembrar desta revolução, revolução que também podemos promover em prol de um Rio Grande e Brasil melhor.

Já diz o nosso hino: sirvam nossas façanhas de modelo a toda Terra.




8 de setembro de 2012

Aung San Suu Kyi


Suu Kyi é não só um exemplo de mulher, mas também um exemplo de ser humano, um exemplo de força e determinação.

Quando descobri pelo que Suu Kyi lutava me fascinei. A ideia de uma mulher estar liderando seu povo pela conquista da democracia fez-me sentir uma imensa admiração. 

Filha do grande político birmanês Aung San - morto logo após a independência do país -, Suu Kyi lutou pelo que o pai iniciou.

"Eu não poderia, como filha de meu pai, ficar indiferente a tudo o que estava acontecendo", disse ela em um discurso em Yangun, em 26 de agosto de 1988, segundo a BBC News.

Então, desde que voltou a Mianmar em 1988, Suu Kyi abriu mão de viver uma vida "normal e feliz" com sua família, para lutar pelos direitos de seu povo.

Em 1990 a Liga Nacional pela Democracia conquistou 392 de 485 assentos no Parlamento birmanês, o que a faria primeira-ministra. Contudo, o governo recusou-se a entregar o controle.

Vendo pessoas morrendo, tendo seus companheiros presos e mortos, sofrendo com a saudade família, com o marido doente - posteriormente morto - e presa domiciliarmente, Aung San Suu Kyi continuou, durante anos lutou e lutou.

Ela ganhou o Nobel da Paz em 1991, não simplesmente como um "reconhecimento pela causa", mas também como um modo de protegê-la. Reconhecida internacionalmente, Suu Kyi teve o apoio de nações. Foram 15 anos de prisão domiciliar, até que ganhasse a liberdade em 2010.

Mas isso não impediu a Junta de continuar massacrando o povo, com trabalhos forçados e estupros, não poupando nem mesmo as crianças.

Até não muito tempo atrás, eram 2100 políticos presos. Mas em janeiro deste ano cerca de 651 pessoas foram soltas.

Em 1º de abril de 2012, Suu Kyi conquistou 43 das 45 cadeiras no Legislativo de Mianmar, tornando-se deputada. Em maio deixou o país pela primeira vez em 24 anos e só em junho recebeu o seu Prêmio Nobel da Paz.

Recentemente, Suu Kyi se reuniu com o presidente birmanês, sendo esta a terceira reunião desde que a líder pró-democracia foi libertada.

Existe um filme sobre a história da Suu Kyi, chama-se "The Lady" (em português chama-se "Além da Liberdade"). Todavia, apesar da afeição que tenho por esta mulher assisti o filme somente hoje e foi por tê-lo assistido que decidi criar este post.

Espero que assistam, vale muito a pena. Além disso, uma coisa muito importante que o filme retrata é que a luta nunca foi só dela e sim do povo, e que sem o apoio dessas pessoas e das pessoas que amava talvez não chegasse onde chegou.