22 de julho de 2011

Prouni: um drama na minha vida

Quando ainda estava no Ensino Médio demorei a decidir "que rumo seguir" depois de concluí-lo. Porém, percebi que o curso no qual eu melhor me adaptaria e que me daria prazer em cursar era o de Relações Internacionais. No entanto, passado um ano e meio, meus planos de seguir a carreira da diplomacia parecem estar indo por água abaixo.

No fim do ano passado fiz o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), mesmo já tendo cursado dois semestres em Relações Internacionais (RI) - agora três. Minha intenção era conseguir uma nota razoável, suficiente para uma bolsa integral em RI.

Este ano novas chamadas foram feitas para o Programa Universidade para todos (PROUNI) e fui pré-selecionada. Sim, fui pré-selecionada, mas para Economia.

Apesar de economia ser o curso que eu melhor aproveitaria o que estudei, a ideia de mudar de curso não me animou nada.

Minha mãe e minha família de forma geral ficaram muito contentes, mais do que eu esperaria. A família por achar que eu estou feliz com o ocorrido e minha mãe por se livrar de pagar a Universidade, que não sai barata para uma família como a minha.

Não me sentiria bem se decepcionasse algum deles e isso de certa forma me incentiva, entretanto tem algo que me incomoda demais.

Todo mundo está sabendo que eu não serei feliz fazendo Economia, todos sabem o que eu penso sobre isso, mas apenas dizem "você é jovem, não pode perder esta oportunidade, você pode fazer RI depois que se formar e tiver bem empregada".

Eu sei que não estão errados, mesmo porque não me sinto bem com meus pais pagando meus estudos, mas o que me parece é que eles dão mais importância ao dinheiro do que a minha felicidade.

Fazendo um acordo com a Universidade (aproveitamento de currículo) eu terminaria economia em 4  anos e logo depois poderia voltar para Relações Internacionais e me formar com mais 2 anos - foi o que me sugeriram.

O que as pessoas não entendem é que não é só questão de trocar ou não de curso, eu tenho planos! Planos profissionais, planos pessoais, que na verdade são sonhos e caso eu venha a ser aceita pelo programa do governo, eles só ficarão mais distantes.

Eu sofrerei por isso, já sofro pensando nisso, porque eu terei de abrir mão de alguma coisa, afinal eu não pretendo passar mais 6 anos da minha vida naquela universidade e nesta cidade. O que quero dizer é que vou acabar desistindo de Relações Internacionais caso ganhe a bolsa.

Posso futuramente voltar a fazer o que gosto, mas não creio que isto seja possível a curto prazo. É claro que eu poderia também fazer o ENEM novamente e tentar em RI como bolsista outra vez, mas eu não me inscrevi este ano, então perderia mais tempo e isso é o que eu menos quero.

Bem, ainda falta saber o resultado e este sai dia 25, então talvez tudo o que eu tenha dito seja em vão - espero que sim.

Até a próxima.