8 de setembro de 2012

Aung San Suu Kyi


Suu Kyi é não só um exemplo de mulher, mas também um exemplo de ser humano, um exemplo de força e determinação.

Quando descobri pelo que Suu Kyi lutava me fascinei. A ideia de uma mulher estar liderando seu povo pela conquista da democracia fez-me sentir uma imensa admiração. 

Filha do grande político birmanês Aung San - morto logo após a independência do país -, Suu Kyi lutou pelo que o pai iniciou.

"Eu não poderia, como filha de meu pai, ficar indiferente a tudo o que estava acontecendo", disse ela em um discurso em Yangun, em 26 de agosto de 1988, segundo a BBC News.

Então, desde que voltou a Mianmar em 1988, Suu Kyi abriu mão de viver uma vida "normal e feliz" com sua família, para lutar pelos direitos de seu povo.

Em 1990 a Liga Nacional pela Democracia conquistou 392 de 485 assentos no Parlamento birmanês, o que a faria primeira-ministra. Contudo, o governo recusou-se a entregar o controle.

Vendo pessoas morrendo, tendo seus companheiros presos e mortos, sofrendo com a saudade família, com o marido doente - posteriormente morto - e presa domiciliarmente, Aung San Suu Kyi continuou, durante anos lutou e lutou.

Ela ganhou o Nobel da Paz em 1991, não simplesmente como um "reconhecimento pela causa", mas também como um modo de protegê-la. Reconhecida internacionalmente, Suu Kyi teve o apoio de nações. Foram 15 anos de prisão domiciliar, até que ganhasse a liberdade em 2010.

Mas isso não impediu a Junta de continuar massacrando o povo, com trabalhos forçados e estupros, não poupando nem mesmo as crianças.

Até não muito tempo atrás, eram 2100 políticos presos. Mas em janeiro deste ano cerca de 651 pessoas foram soltas.

Em 1º de abril de 2012, Suu Kyi conquistou 43 das 45 cadeiras no Legislativo de Mianmar, tornando-se deputada. Em maio deixou o país pela primeira vez em 24 anos e só em junho recebeu o seu Prêmio Nobel da Paz.

Recentemente, Suu Kyi se reuniu com o presidente birmanês, sendo esta a terceira reunião desde que a líder pró-democracia foi libertada.

Existe um filme sobre a história da Suu Kyi, chama-se "The Lady" (em português chama-se "Além da Liberdade"). Todavia, apesar da afeição que tenho por esta mulher assisti o filme somente hoje e foi por tê-lo assistido que decidi criar este post.

Espero que assistam, vale muito a pena. Além disso, uma coisa muito importante que o filme retrata é que a luta nunca foi só dela e sim do povo, e que sem o apoio dessas pessoas e das pessoas que amava talvez não chegasse onde chegou.


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